sábado, 30 de maio de 2009

DIÁRIO



EUTANÁSIA : Conceitos e Reflexões


Eutanásia significa, etimologicamente, “ boa morte”, e deriva do grego.
Segundo Daniel Serrão a palavra eutanásia, no seu entendimento moderno, designa a morte de uma pessoa, a seu pedido, por outra que acolhe o pedido e pratica um acto intencionalmente destinado a produzir a morte.
A eutanásia comporta três elementos fundamentais:
- O pedido por parte do sujeito da E.
- O acolhimento do pedido e a tomada de decisão de quem recebe o pedido – o agente da E.
- O acto directo de produzir a morte.

Razões para pedido da E.:
- Projecto de vida esgotado (sem padecimento de doença grave).
- Dor física insuportável (não tratada ou mal tratada).
- Sofrimento profundo (dor de alma)

E. activa, forçada ou imposta, é geralmente rejeitada, sendo considerada homicídio.
E. activa, voluntária e suicídio assistido, fruto de aceso debate.
E. passiva, indirecta – administração de medicamentos para reduzir a dor, ainda que possam, indirectamente, antecipar a morte; a interrupção de tratamentos inúteis (Obstinação Terapêutica) não deve ser considerada uma forma de E. passiva, sendo consensualmente aceite e aprovada pela hierarquia da Igreja.

A problemática da E. não se centra no pedido mas no acolhimento que se faz a esse pedido e, portanto, na legitimidade de quem decidiu acolher o pedido e praticar o acto.

Argumentos de quem defende a E. e/ou o suicídio assistido:
- principio da autonomia humana, do direito a dispor, responsavelmente, da sua vida, a morrer “dignamente”.
Mas o “ direito” à E. pressupõe a existência de uma decisão esclarecida, ponderada, responsável e livre. Ora o doente debilitado, física e psicologicamente, está em condições de tomar uma decisão autónoma e voluntária?
A razão que mais frequentemente leva ao pedido de E./S.A. é o medo de sofrimento e de dores insuportáveis, acompanhado, este sofrimento físico, frequentemente, por um sofrimento psicológico decorrente de um deficiente apoio da família e da sociedade – daí o relevo e a importância actual dos Cuidados Paliativos (CP).
Os CP pretendem ajudar os que sofrem por uma doença terminal a morrer com dignidade.
Morrer com dignidade significa receber cuidados com sensibilidade, compaixão e ética.

Mas os CP não esgotam a problemática da E.
Quem defende a E. considera que há vidas humanas sem dignidade, sem significado devido a uma doença grave, incurável, prolongada, que põe em causa, de uma forma definitiva, a sua qualidade de vida, às vezes ainda na juventude – casos dos paraplégicos e tetraplégicos.
São estes que pedem uma E. activa, voluntária ( casos muito mediáticos de Piergiorgio Welby – Itália e Imasculata Echevarria –Espanha).
Em todas estas situações está em causa a busca de um sentido para a vida ( caso, entre outros, de A. Fogar , totalmente paralisado na sequência de um acidente de automóvel que, após pedidos insistentes a seus familiares para lhe darem um suicídio assistido, um dia compreendeu que “viver era um dever” e, deste modo, encontrou um sentido para a vida.
Na verdade, a nível teológico, a vida não nos pertence, apenas somos administradores da vida que recebemos de Deus.

Prof. Rafael Ferreira





DIÁRIO

DEZ PROPOSTAS PARA A PAZ COM OS QE ESTÃO À NOSSA VOLTA.

1. Aceitarmo-nos como somos.

2. Dar mais importância ao que recebemos do que àquilo que nos falta e agradecermos em vez de nos queixarmos.

3. Aceitar os outros como eles são, para começar pelos que nos são mais próximos: a nossa familia e vizinhos.

4. Falar bem dos outros e dizê-lo em voz alta.

5. Nunca nos compararmos aos outros, porque tais comparações só levam, ou ao orgulho, ou ao desespero, sem nos fazer felizes.

6. Viver na verdade, sem receio de chamar "Bom" ao que é bom e "Mau" ao que é mau.

7. Resolver conflitos através do diálogo: guardar rancor é refugiar-se na tristeza.

8. No diálogo, começar pelo factor de união e só depois abordar os de divisão.

9. Dar o primeiro passo antes do anoitecer: "Não deixes que o sol se ponha sobre a tua ira".

10. Acreditar que "perdoar" vem antes de "ter razão".



Cardeal Godfried Danneels

sábado, 23 de maio de 2009

ORAÇÃO PELA FAMILIA


Ó Santa Familia de Nazaré
comunidade de amor de Jesus, Maria e José,
modelo ideal de toda a família cristã,
a Vós confiamos as nossas famílias.

Abri o coração de cada um dos lares
domésticos à fé, ao acplhimento da
Palavra de Deus, ao testemunho cristão,
para que se tornem fontede novas e
santas vocações.

Orientai a mente dos pais,
para que com solícita caridade, sábio cuidado
e amorosa piedade, sejam para os filhos
guias seguros em ordem aos bens
espirituais e eternos.

Suscitai no espirito dos jovens
uma consciência recta e uma vontade livre,
para que, crescendo em "sabedoria,
estatura e graça", acolham generosamente
o dom da vocação divina


João Paulo II

quinta-feira, 21 de maio de 2009

DIÁRIO


PASSADOS MAIS DE CEM ANOS E …… !


parece que foi escrito hoje... .

'As Farpas' de Eça de Queirós

133 anos depois........

«O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!»


Isto foi escrito em 1871, por Eça de Queirós, no primeiro número de "As Farpas"

terça-feira, 19 de maio de 2009

DIÁRIO



Vigília de Adoração Eucarística

Em desagravo aos Sagrados Corações de Jesus e Maria
dos pecados contra a inocência das criança
s





Caros amigos,

A Assembleia da República irá votar uma lei que imporá a educação sexual obrigatória, do pré escolar ao 12º ano, em todas as escolas públicas e em todas as escolas privadas com parceria com o Estado, mesmo contra a vontade dos pais e sem reconhecer aos professores a liberdade de evocarem objecção de consciência. A votação da lei está, novamente, agendada para a próxima 4ª Feira, dia 20 de Maio entre as 10.45h e as 13.00h.

Os ataques à inocência das crianças são inúmeros e graves.

Urge repará-los e este será porventura o MOMENTO.

Rezando em reparação dos sagrados corações de Jesus e de Maria confiemos que Nossa Senhora, uma vez mais, proteja Portugal de quem Ela é Padroeira e Rainha.

Serão realizadas Veladas em diversas Dioceses, mesmo que simples e de pequena dimensão, na próxima noite de 19 para 20 de Maio.


Vimos convidar-vos a estar presentes neste MOMENTO DE ORAÇÃO. EM ÉVORA ESTA VIGÍLIA RELIZAR-SE-Á NA PROXIMA NOITE DE 19 PARA 20 DE MAIO NA IGREJA DE S. MAMEDE, DAS 22.00H ÀS 24.00H


Para as equipas que estão longe propomos que, estejam onde estiverem, se reúnam à mesma hora e se juntem a nós pela oração.

Agradecemos que divulguem pelo maior nº de contactos possível.

Um abraço a todos e até amanhã

Claudia e Pedro
VIDEOS

Aborto - foi assim...





VIDEOS
o voto católico






o voto católico - parte II O CASAMENTO


o voto católico - parte III EDUCAÇÃO SEXUAL


o Voto católico - parte IV
VIDEOS

MÊS DE MARIA
Para todos aqueles que tenham uns minutos do seu tempo para parar e pensar no mês de Maio/Maria. Vejam e revejam os vídeos seguintes:



terça-feira, 5 de maio de 2009

DIÁRIO


Presidente da CEP fala de «ataques» à família

D. Jorge Ortiga deixa críticas à legalização do matrimónio entre homossexuais e à banalização do aborto.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, deixou esta Segunda-feira duras críticas às políticas do governo em matérias relacionadas como o casamento, o aborto e a eutanásia.

O Arcebispo de Braga fez uma referência directa à tentativa de “redefinição legal do casamento (e, desse modo, do conceito de família), de modo a nele incluir uniões entre pessoas do mesmo sexo”, situação que classificou como “grave”.

Falando no discurso de abertura da Assembleia Plenária da CEP, que decorre em Fátima até dia 24, este responsável defendeu que “a identidade própria da família” não pode “confundir-se com qualquer outro tipo de convivência”.

Mais à frente, D. Jorge Ortiga condenou a “banalização” do divórcio, afirmando que “as recentes alterações legislativas ao regime do divórcio, que o facilitam ainda mais e que tornam o casamento civil o mais instável dos contratos, não podem deixar de ser apontadas como sinal negativo”.

Para o Arcebispo de Braga, “os cidadãos têm o direito de saber qual a concepção de política familiar subjacente aos vários programas”, frisando que “seria bom que os candidatos apresentassem propostas reflectidas sobre estas questões, que são mais decisivas para o futuro da sociedade do que muitas outras que ocupam lugares de primazia em agendas partidárias e em primeiras páginas de jornais e noticiários”.
“A desestruturação familiar chega a estar na origem de fenómenos tão graves como a toxicodependência e a delinquência juvenil. Mas mesmo quando não se atingem estes extremos, não pode dizer-se que será salutar uma sociedade onde a situação de crianças que não são simultaneamente educadas pelo pai e pela mãe deixou de ser excepção e passou a ser regra”, apontou o presidente da CEP.
D. Jorge Ortiga disse também que “a convivência familiar é também, por vezes, a ocasião que propicia fenómenos de violência doméstica, que representam a completa perversão dos valores familiares”.
“Sem descurar a acção dos sistemas policial e judicial na repressão deste fenómeno, há que salientar a importância da prevenção, o que também depende da educação e da preparação para o casamento”, indicou.

Aborto e eutanásia

As críticas do Arcebispo de Braga alargaram-se às “ameaças e atitudes de negação do direito a nascer e a viver”, apontando o dedo a uma “mentalidade deliberadamente anti-natalista”.
D. Jorge Ortiga referiu que a “legalização do aborto” levou a uma “banalização crescente dessa prática”. “Como se revelam agora enganadoras as declarações de que a legalização permitira conter o número dos abortos, através de sistemas de aconselhamento”, acusa.
O discurso do presidente da CEP passou ainda pelas “anunciadas propostas de legalização da eutanásia, que apresentam a morte como resposta ao sofrimento da doença e da fase terminal da vida”.
“Há que valorizar a vida, mesmo na doença e na sua fase terminal. A doença não retira dignidade à vida”, defende D. Jorge Ortiga.
Para a Igreja, prosseguiu, “a vida biológica, desde a concepção até à morte, possui uma sacralidade intrínseca, uma dignidade inalienável e originária que lhe confere um valor único e irrepetível”.
O presidente do episcopado português aplaudiu “medidas recentes de aumento dos abonos de família ou de alargamento das licenças de maternidade e paternidade”, mas lembrou que persiste “a injustiça de um sistema fiscal que discrimina negativamente as pessoas casadas e que não tem em devida conta os encargos que os filhos representam”.
Noutro âmbito, o Arcebispo de Braga apontou o dedo à “legislação, recentemente aprovada, que consagra a obrigatoriedade da disciplina de educação sexual, sem atender à necessidade de respeitar as convicções das famílias, pode vir a traduzir-se noutro atentado aos seus direitos”. “Atendendo a experiências já realizadas entre nós, são justificados os receios de que os programas dessa disciplina possam chocar com as concepções éticas das famílias em matéria tão delicada”, acrescentou.

Crise

Numa intervenção que abordou diversos temas da actualidade, D. Jorge Ortiga frisou que “o cenário de crise económica, que já se verifica e que tenderá a agravar-se nos próximos tempos, torna particularmente gravoso o futuro de muitas famílias”.
“Esta crise económica poderá servir, precisamente, para descobrir novas formas de organização económica, mais fraternas e solidárias, mais à medida da pessoa e da família”, disse.
O Arcebispo de Braga assinalou que “perante a crescente exclusão social, só uma verdadeira integração de todos – pessoas e grupos sociais – permitirá que a pobreza e a discriminação não proliferem”.
Após falar no “espectro da pobreza, tantas vezes envergonhada”, este responsável observou que “a falência do sistema económico-financeiro exige uma solução global, onde a participação de cada um faça com que as coisas materiais sejam colocadas ao serviço do bem comum”.
Neste contexto, D. Jorge Ortiga acusou os empresários que “abandonaram o barco com atitudes fraudulentas, não respeitando as mínimas exigências éticas” e os trabalhadores que “caminham na ilusão de acreditar em realidades que não existem”.
“Só com maior sobriedade, austeridade e compromisso colectivo ultrapassaremos o que parece inevitável”, referiu.
O presidente da CEP deixou claro que “o direito ao trabalho é primário e condicionante da dignidade da pessoa humana”.
“Negar ou não proporcionar que todos possam exercer uma actividade que permita o essencial para viver, significa gerar fenómenos de exclusão e marginalidade social, potencialmente causadores de insegurança, violência ou incapacidade de vida em comum no respeito por todos”, alertou, antes de referir ao “problema dos desempregados envergonhados, que nunca poderemos ignorar”.

Em conclusão, o presidente da CEP fez votos de que “Portugal tenha a certeza de que a Igreja acompanha os sofrimentos de todos para fazer alimentar a esperança num amanhã menos cansado, porque cheio de serenidade e alegria”.

“Com o Santo Condestável, inventemos modos novos de servir a causa do Evangelho para que, a partir da família, criemos condições para uma Igreja com futuro e um Portugal com esperança”, disse, lembrando a próxima canonização de Nuno Álvares Pereira.

sábado, 2 de maio de 2009

Magnificat
A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante
me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para empre.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
como era no princípio, agora e sempre.
Amen.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

PARA REFLECTIR


" Deus não escolhe os capacitados,
Deus capacita os que escolhe. "





MISSAS ENS


Proxima Missa mensal:

Dia 3 de Maio, na igreja dos Meninos da Graça, pelas 11 h

Anima a equipa Évora 4. Participa na animação o Grupo de Jovens de Nossa Senhora.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

DIÁRIO

Semana Santa: Programação

1. Na Igreja de Nª Sª Auxiliadora (Salesianos)

Quinta-Feira Santa: 18.30h - Eucaristia comemorativa da Última Ceia e da Instituição da Eucaristia, com lava-pés.

Sexta-Feira Santa: 18.30h - Celebração da Paixão do Senhor com adoração da Cruz e Comunhão.


2. Na Sé

Quinta-Feira Santa: 10.00h - missa crismal, renovação das promessas sacerdotais e benção dos santos Óleos.

18.30h - Missa da Ceia do Senhor seguida de adoração eucaristica. (das 22.00h às 23.00h, a cargo da Paróquia de Nª Sª Auxiliadora).

Sexta -Feira Santa:10.00h - celebração de Laudes;

15.00h - celebração da Paixão do Senhor com adoração da cruz e comunhão.

Sábado Santo: 10.00h - celebração de Laudes; 21.30h - Solene Vigília Pascal.


3. Procissão do Enterro do Senhor:

Na Sexta-Feira Santa realiza-se a tradicional Procissão do Enterro do Senhor. Tem inicio na Igreja do Calvário às 22.00h e termina na Igreja da Misericórdia.

quarta-feira, 25 de março de 2009

DIÁRIO

Blogue Perdeum
Post 11, 23 Março 2009


“O NOSSO REBANHO É MAIOR QUE O DO PAPA”

Todos somos sabedores do reboliço suscitado pela resposta que o Papa Bento XVI deu a um jornalista que lhe perguntou, no voo desde Roma aos Camarões, sobre a sida e a sua prevenção, no dia 17 de Março passado. Não pretendo agora dizer coisas novas, nem atear mais o fogo, nem acusar ninguém, nem sequer defender o Papa, que não necessita da minha defesa. Simplesmente pretendo partilhar a minha relativa surpresa por tamanhas reacções e justificá-la.
Afirmou o Sumo Pontífice, respondendo a uma pergunta na informal Conferência de Imprensa a bordo do avião: Não se pode resolver [o problema do sida] com a distribuição de preservativos. Esta medida até pode agravar o problema, defendeu o Sumo Pontífice. A solução está antes, acrescentou, num despertar humano e espiritual, numa humanização da sexualidade.
As reacções a este pronunciamento do Papa têm sido desmesuradas, injustas e, por vezes, deformadoras da verdade do dito e acontecido. Para constatá-lo, só basta dar uma olhadela para as manchetes dos jornais dos dias 18 e 19 de Março. Na secção de “Sobe e desce”, Bento XVI era colocado invariavelmente no lado do “desce”.
A Senhora Dulcelina Serrano, directora do Instituto Nacional de Luta contra a Sida (INLS), de Angola, indignada com as palavras do Papa, garantiu que as pessoas que seguem as recomendações do Instituto ultrapassam numericamente a comunidade católica: “O nosso rebanho é maior que o do Papa”.
O jornal “Público”, de 18 de Março – um jornal sério e habitualmente objectivo -, sem nada informar sobre o discurso do Papa no aeroporto de Yaoundé, nesse mesmo dia, só comentava as referidas palavras do Papa no avião. E concluía assim, na secção “Sobe e desce”, da última página: “Sabe-se que África é um continente desgraçado em muitas frentes. A sida é um dos muitos problemas e é aí que se concentra o maior índice mundial de infectados. Voltar a criticar o uso de preservativos, posição histórica da Igreja, às portas duma visita a África é uma atitude incompreensível. Por que não a opção pelo silêncio, num tema tão sensível?”
Penso que o Papa, como aconselha o jornal, teria optado pelo silêncio sobre os preservativos. Suponho que em nenhum dos seus muitos discursos nos Camarões e em Angola, durante estes dias, o Papa mencionará a “camisinha”, mesmo que fale da pandemia da sida e do contributo da Igreja e dos cristãos em prol dos doentes de sida. Porque o Papa falou no assunto? Porque foi perguntado. E porque falou nos termos em que falou? Porque é a “posição histórica da Igreja”, como confessa o jornal. A minha pergunta agora vai para os jornalistas: Porque perguntam se já conhecem de antemão a resposta? Quiçá para poder criticar o Papa, armar uma falsa polémica, desprestigiar a Igreja ou preencher espaço nos jornais?
Alguns até ousavam frisar que o Papa, muito longe da misericórdia que motivava a conduta de Jesus, estava a condenar milhões de africanos a morrer de sida.
A que vai o Papa a África? A impor a moral sexual da Igreja e a condenar os preservativos? A que vai? O deixou bem claro no seu primeiro discurso, supramencionado, ao aterrar em Yaoundé, em que se apresentou como quem quer falar palavras de esperança e conforto para toda a África, como aquele que quer confirmar seus irmãos na fé católica e como portador dum Documento sobre “A Igreja em África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz”. Textualmente frisou: “Mesmo no meio dos maiores sofrimentos, a mensagem cristã traz consigo esperança… Diante da dor ou da violência, da pobreza ou da fome, da corrupção ou do abuso de poder, um cristão nunca pode ficar calado”.
A fé da Igreja em Jesus de Nazaré, a paz, a justiça, a reconciliação, a esperança, a misericórdia para com os que sofrem fome, doenças, estão sozinhos, são os valores que o Papa leva a África; ao mesmo tempo que denuncia a corrupção, a pobreza, a violência.
A Igreja é portadora dum ideal moral, do qual não pode abdicar, mesmo que isso lhe acarrete impopularidade e até perseguição. Mas a Igreja sabe também que todo o ser humano, todos e cada um dos seus membros, sem excluir o próprio Papa e a quem isto subscreve, são frágeis e pecadores. E nem por isso se deixa de pertencer ao rebanho de Bom Pastor. Também os católicos usamos o preservativo, porque somos pecadores em exercício. Mas nem por isso ficamos excomungados. Nos arrependemos, nos confessamos e voltamos a lutar contra o pecado…
Se alguém viesse consultar comigo, padre católico, e se exprimisse nestes termos:
-- Padre, sou fraco e pecador. De vez em quando permito-me alguma licencia moral e faço sexo, e não com a minha mulher, porque não tenho. Que faço? Uso ou não a camisinha?
-- Filho, sê casto, com a graça de Deus - lhe aconselho.
-- Nem sempre me aguento. É por isso que consulto. Que é menos imoral: fazer sexo com ou sem a camisinha? Já sei que a Santa Mãe Igreja… Mas, compreenda, padre…
Podem imaginar a minha resposta, que acho que seria a mesma do Papa. Mas não me peçam – e menos à Igreja na pessoa do Papa - que pregue a favor do preservativo nem que faça campanhas para a sua distribuição gratuita.
Não sei qual dos rebanhos será mais numeroso: o do Papa ou o da Senhora Dulcelina. Mas sim gostaria de informar à Directora do INLS de Angola, onde está a chegar o Papa aquando isto escrevo, que no rebanho da Igreja cabem também os que por fraqueza se protegem com o preservativo, se arrependem de pecar contra a castidade, se confessam, e continuam a luta da superação moral e espiritual.
Mais dois acrescentos para terminar:
Também compreendo por quê o Papa disse que as campanhas a favor do preservativo podem agravar as coisas. Para não alongar-me mais, os leitores perceberão que o que eu quero dizer está maravilhosamente resumido no provérbio: Semearam ventos, colherão tempestades (Os 8, 7).
A segunda matização: A Igreja não é parte do problema da sida no mundo; é parte da sua solução. Um botão de amostra: Estando eu a escrever este artigo, chegou às minhas mãos a revista “Sal terrae”, deste mês de Março, que inclui um depoimento acerca do serviço de luta contra a sida que os Jesuítas têm na Região de Ruanda-Burundi. Neste sentido o Papa já falou e continuará a falar incentivando os cristãos a lutar denodadamente contra o "terrível flagelo da SIDA" e em prol das pessoas contagiadas. No ranking mundial da luta contra a sida, depois das instituições da ONU vêm as da Igreja Católica. Com que armas luta a Igreja nesta guerra?
Primeiro, com a educação à responsabilidade das pessoas no uso da sexualidade e com a reafirmação do papel essencial do matrimónio e da família.
Segundo, com a pesquisa e a aplicação de tratamentos eficazes da SIDA e colocando à disposição do mais amplo número de doentes as muitas iniciativas e instituições de saúde.
Terceiro, com a assistência humana e espiritual aos doentes de SIDA, como de todos os sofredores, que desde sempre estão no coração da Igreja.


P. Vicente Nieto

segunda-feira, 23 de março de 2009

Missas ENS


Proxima Missa mensal:

- 5 de Abril, na Igreja dos meninos da Graça pelas 11horas

- Dinamiza a Equipa Évora 3
- Celebração Penitencial dos casais das ENS

(NOVA DATA)


  • Realizar-se-á dia 27 de Março de 2009, pelas 18 horas na Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora.
DIÁRIO

Carta de Amparo Gironés do Porto hoje na secção Cartas ao Director do Público (21 de Março de 2009)

Visita de Bento XVI aos Camarões

Gostava de manifestar a minha perplexidade perante os ecos nos meios de comunicação, e não só, da famosa “condenação do preservativo” proferida por Bento XVI. Não sei se a maior parte dos jornalistas terá tido o incómodo de ir ler directamente as tais condenações. Dá a impressão que bastantes não. Por exemplo, a última página do Público do dia 18 de Março diz: “Por que não a opção pelo silêncio num tema tão sensível?”.
Fui ler todos os discursos do Papa nos Camarões: todos! Em nenhum deles fala do preservativo. Fala, sim, da dignidade da pessoa de uma maneira tão bela e realista como é característico dos seus discursos.
De onde vem então a conversa sobre os preservativos? De uma sessão de perguntas postas por jornalistas de vários países durante a viagem de avião. E claro que, se um jornalista pergunta directamente sobre um tema, é de boa educação responder (fica claro que Bento XVI não tinha previsto em nenhum discurso abordar o tema dos preservativos dessa maneira. O objectivo da viagem a África foi, como ele disse ao chegar aos Camarões: “Vim aqui para apresentar a Instrumentum laboris para a Segunda Assembleia Especial, que terá lugar em Roma no próximo mês de Outubro”).
A resposta que o Papa deu ao jornalista Philippe Visseyrias da France 2 foi a seguinte (peço desculpa por citar uma tradução em espanhol):
“(…) no se puede solucionar este flagelo solo distribuyendo profilácticos: al contrario, existe el riesgo de aumentar el problema. La solución puede encontrar-se sólo en un doble empeño: el primero, una humanización de la sexualidad, es decir, une renovación espiritual y humano que traiga consigo una nueva forma de comportarse uno con el otro, y segundo, una verdadera amistad también y sobre todo hacia las personas que sufren, la disponibilidad incluso con sacrificios, con renuncias personales, a estar con los que sufren. Y estos son factores que ayudan y que traen progresos visibles. (…)”
Aonde está a condenação? Essas palavras podem ser interpretadas como uma condenação? Muitos dos jornalistas que ainda hoje repetem os mesmos tópicos terão lido essas palavras? Mesmo o jornalista António Marujo, depois de várias criticas, no fim do artigo do mesmo dia 18 diz: “Bento XVI pode ter razão noutra coisa: o preservativo não é “a” solução do problema…”. Não é isso o único que o Papa diz nessa fatídica resposta? O próprio autor do artigo cita a directora do instituto angolano contra a sida, Dulcinea Serrano: “Comportamentos como a fidelidade e a abstinência também jogam um papel importante na redução das novas infecções”…Não se parece isto mais ao que o Papa disse?
Será justo que a resposta a um entre vários jornalistas anule completamente os ensinamentos e o conteúdo de uma viagem inteira?

Amparo Gironés, Porto

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

DIÁRIO

Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2009


A posição dos Cristãos no debate político

O Pe. Manuel Morujão esclareceu ontem que a Igreja não está contra ninguém mas que se mantém firme nos seus princípios. Foi bom este esclarecimento para evitar que pessoas como eu entrassem em exaltações anti-socialistas. Mas aparte estes pequenos excessos, a questão fundamental mantém-se. Devem os cristãos, enquanto membros da Igreja, votar de acordo com os seus princípios? E deve a Igreja dar indicações de voto e manifestar-se sobre questões políticas?
Na resposta à segunda questão, os comentadores encartados já vieram dizer que não, a Igreja não deve indicar partidos e não deve interferir em questões politicas. Uns defendem este "apagamento" da Igreja porque lhes convém, como foi o caso do porta-voz do PS, outros porque continuam com os mesmos preconceitos anti-clericais que herdámos do Marquês de Pombal e da 1ª república (veja-se o texto de Teresa de Sousa no Público de hoje).
A meu ver, a resposta às duas questões só pode ser afirmativa. Os cristãos devem votar de acordo com os princípios da Igreja. Isto pressupõe que conhecem os ditos princípios e que concordam com eles, por isso são cristãos. A Igreja, enquanto "corpo" que une a comunidade católica, manifesta-se diariamente sobre questões políticas. Não será porque existe um tema que divide opiniões que a Igreja deverá ficar calada. Ao manifestar-se sobre questões políticas, a Igreja está a dar indicações de voto aos seus membros. Não diz para votarem no partido A ou no B, mas diz para votarem nos partidos que defendem as posições da Igreja. É legítimo e é suficiente, por muito que não agrade a alguns sectores.
Negar a palavra aos cristão é anti-democrático. Mas é isso que doutas personagens pretendem fazer.
Publicada por Ricardo Pinheiro Alves em
8:23
Etiquetas: ,
(retirado do Blog O inimputável)


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

DIÁRIO



NOVOS MEMBROS DO CABIDO



No próximo Domingo, dia 15 de Fevereiro, pelas 17 horas, tomarão posse os novos Cónegos do Cabido Catedrático de Évora, três ilustres sacerdotes do presbitério eborense: Pe. José António Morais Palos (Vigararia de Montemor-o-Novo); Pe. Júlio Luís Esteves (Vigararia de Estremoz); e Pe. Francisco Senra Coelho (Vigararia de Évora).

Caber-lhes-á a partir desse dia assegurar e solenizar a Litorgia na Catedral e simultaneamente o Colégio de Consultores do arcebispo de Évora, D. José Alves.

Após o momento da tomada de posse que acontecerá na Sala Capitular, haverá , na Sé, Celebração de Vésperas Solenes, presidida por D. José Alves.

Esperamos que as Equipas de Nossa Senhora estejam presentes e possam testemunhar aos novos Cónegos, principalmente ao Sr. Pe. José Morais, conselheiro espiritual das Equipas de Nossa Senhora, a nossa alegria por os ver a renovar e valorizar o Cabido Catedrático.

Pedindo a Nossa Senhora graças por todos, enviamos um abraço amigo.



Equipa Sector
DIÁRIO


Bispos preparam Nota Pastoral sobre o casamento

União entre pessoas do mesmo sexo em análise no Conselho Permanente da CEP
.O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) analisou esta Terça-feira em Fátima o texto de uma Nota Pastoral sobre o casamento, a ser publicada em breve.A revelação foi feita aos jornalistas pelo Pe. Manuel Morujão, secretário da CEP, para quem “a Igreja deve manter que a família e o casamento são instituições que não são substituíveis por outro tipo de associação”.“Mais do que falar do casamento entre pessoas do mesmo sexo, fala em proteger a família e o casamento”, referiu o secretário da CEP, a respeito da Nota.Este responsável frisou que “a Igreja acolhe no seu seio todas as pessoas”, incluindo os homossexuais, e condena “toda a discriminação”. Contudo, explicou, “a família não é aquilo que nós queremos que seja”, porque é “constituída pela união de amor entre um homem e uma mulher”.“Qualquer outro tipo de união ou de associação terá o seu enquadramento legal”, mas não como “alternativas” que possam ser "equiparadas" à família tradicional ou ao casamento, disse o Pe. Manuel Morujão.“Para casos diferentes, soluções diferentes”, sentenciou.O Secretário da CEP assegurou que a Igreja não irá “combater nenhum sector social”, apenas procurar que seja consolidada a “estrutura básica da sociedade”.Neste sentido, foi igualmente manifestada a oposição da Igreja à adopção por homossexuais, que não é um “direito de ninguém”, mas uma solução que visa o bem da criança.“Mais do que manifestar-nos contra, manifestamo-nos a favor da genuína família que não pode ser senão heterossexual”, indicou.O Pe. Manuel Morujão lamentou a insistência política num tema que irá "dividir os portugueses", num momento de crise em que existem "outras prioridades".O Estado, diz, “certamente poderá encontrar o esquema legal que achar, mas não em detrimento da família e do casamento”.Noutro âmbito, este responsável pediu apoios para que os casais “possam ter o número de filhos que desejam”.A respeito do caso de Eluana Englaro, na Itália, o Pe. Manuel Morujão esclareceu que o mesmo não foi abordado na reunião de hoje, mas frisou que a função da medicina e dos médicos, esclareceu, é “ajudar a viver e não ajudar a morrer”, pedindo “um serviço de amizade generosa, de amor até ao extremo” nestas situações.Na reunião do Conselho Permanente da CEP foram abordados ainda temas da situação actual “da Igreja e da sociedade”..Nacional Agência Ecclesia 10/02/2009 17:45 2392 Caracteres
Missas ENS

Próxima Missa mensal:

- 1 de Março, na Igreja Dos Meninos da Graça pelas 11 horas

- Dinamiza a Equipa Évora 2

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

PRÓXIMOS ENCONTROS 2009


  • Formação Nacional de Pilotos : Fátima (14 e 15 de Fevereiro ).

  • Peregrinação aos Passos de S. Paulo (Março/Abril).

  • Reunião da Zona Euráfrica (data e local a definir: entre abril e Maio).

  • Sessão de Formação II: Fátima (30 Abril a 3 de Maio).

  • Sessão de Formação de Novos Responsaveis de Sector: Fátima (17 e 18 Outubro).

  • Encontro Nacional: Fátima (21 e 22 Novembro).

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Evangelho Quotidiano

Se quiser orar diariamente clique aqui


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Este será um espaço público de apresentação do nosso sector, de divulgação do movimento e das nossas actividades e também um espaço de partilha.
Será tanto mais interessante e relevante quanto maior for a sua utilização.
João

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Visita da Equipa da Supra Região a Évora

Algumas fotos do encontro das Equipas de Évora com a Equipa da Supra Região.